Nessa série, o Boletim do Transporte evidencia os sinais da saturação dos sistemas de transporte da Região Metropolitana de São Paulo.
Será mostrado apenas o que é visto por um olhar menos técnico e apontaremos possíveis soluções de acordo com cada membro da equipe BDTrans.
Falaremos de todos os sistemas que o blog aborda, sem exceção.
Agora, um breve resumo do que será tratado nas próximas postagens da série.
- CPTM, falhas constantes na linha 9. Acidentes entre trens dentro e fora da operação. Falhas pontuais, nas mais diversas linhas.
- Metrô, falhas em trens minimizadas por uma operação mais eficiente, falhas em circuito de vias, sinalização e agora, um incidente envolvendo dois trens na operação.
- SPTrans, incapacidade administrativa, desorganização estrutural nos sistemas estruturais e alimentadores, exigência de carros divergentes à demanda e ao terreno da linha.
- Infraero, muita demanda para pouco espaço. Obras provisórias em caráter permanente, medidas paliativas que " resolveram " por hora.
Bikes - Nas ruas de São Paulo, o ( ainda ) esquecimento das bicicletas no meio urbano. Desrespeito e falta de educação dos motoristas com esse alternativo e promissor meio de transporte.
Ressaltamos que as matérias não buscam condenar uma empresa ou seus serviços. Apenas colocamos em discussão os temas que começam a fazer parte do dia - a - dia de quem mora em São Paulo.
Em breve, a próxima postagem da série vai falar sobre as falhas e o que esta sendo feito na CPTM.
Até a próxima!
quinta-feira, 17 de maio de 2012
quarta-feira, 9 de maio de 2012
CMA - Companhia Manufatureira Auxiliar
Hoje, falaremos sobre uma antiga montadora do Brasil, que produziu carrocerias para algumas empresas tradicionais como a Impala, Catarinense e Auto Viação 1001.
Fabricado a partir de 1961 os Flechas ao contrário do que muitos pensam, não foram os primeiros ônibus em operação com carrocerias em duralumínio no Brasil.
Pioneira nesse estilo de ônibus, a Viação Cometa adquiriu carros norte - americanos com chassi General Motors, que atendiam às expectativas e eram importados para operarem nas linhas da empresa, entre São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Sorocaba, Jundiaí e Campinas.
Com a proibição da importação promovida pelo governo federal na década de 1960, a empresa se viu obrigada a comprar carrocerias diferentes das que estavam acostumados.
Monoblocos O362 foram os cabeças de série, logo rejeitados por não terem um desempenho condizente com o requisitado, saindo da frota ativa da empresa antes de completarem 5 anos de uso.
Ainda à procura de uma boa carroceria, a Viação Cometa descobriu a montadora Striulli, que produzia as estruturas em duralumínio.
Foram adquiridas, sobre chassi Mercedes e novamente, não aprovado por não ter um bom desenvolvimento perante aos GMC. Então, surge a brilhante parceria Scania - Cometa.
Após um longo período onde os Ciferal Dinossauro reinavam na estrada sobre chassi Scania, a Cometa inicia as operações da CMA ( Companhia Manufatureira Auxiliar ) e assim, nasce a carroceria Flecha Azul.
Nisso, surgem várias gerações que transportaram milhões de passageiros pelas estradas do Sul e Sudeste do país.
No ano 2000, a CMA inicia a produção do Estrelão. Nominalmente chamado como CMA - COMETA, ele apresentava outras caractarísticas completamente opostas ao Flecha, com eixo trucado ( dois eixos na parte traseira do veículo ), diferente chassi e desenho, e alguns traços que o remetiam ao primeiro modelo da montadora.
Um ano depois, sua mantenedora Viação Cometa foi vendida ao grupo JCA e a montadora não foi incluída na negociação, produzindo então os últimos carros encomendados pela antiga gestão e algumas peças de reposição. Como ultimo suspiro, foi produzido um modelo que fugia completamente da tradição da CMA, um modelo de aço galvanizado, com chapas de aço soldadas à estrutura, semelhante à massacrante maioria das outras montadoras, não mais sobre chassi e Scania, agora em um Volkswagen com 240 cavalos, longe dos potentes motores K-113 da antiga fornecedora.
Hoje, a CMA existe apenas na memória e esta se consolidando como uma lenda a partir de cada carro que sai de circulação da empresa, sendo espalhados por todo território nacional, com a promessa de durar mais alguns anos.
Fabricado a partir de 1961 os Flechas ao contrário do que muitos pensam, não foram os primeiros ônibus em operação com carrocerias em duralumínio no Brasil.
Pioneira nesse estilo de ônibus, a Viação Cometa adquiriu carros norte - americanos com chassi General Motors, que atendiam às expectativas e eram importados para operarem nas linhas da empresa, entre São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Sorocaba, Jundiaí e Campinas.
Com a proibição da importação promovida pelo governo federal na década de 1960, a empresa se viu obrigada a comprar carrocerias diferentes das que estavam acostumados.
Monoblocos O362 foram os cabeças de série, logo rejeitados por não terem um desempenho condizente com o requisitado, saindo da frota ativa da empresa antes de completarem 5 anos de uso.
Ainda à procura de uma boa carroceria, a Viação Cometa descobriu a montadora Striulli, que produzia as estruturas em duralumínio.
Foram adquiridas, sobre chassi Mercedes e novamente, não aprovado por não ter um bom desenvolvimento perante aos GMC. Então, surge a brilhante parceria Scania - Cometa.
Após um longo período onde os Ciferal Dinossauro reinavam na estrada sobre chassi Scania, a Cometa inicia as operações da CMA ( Companhia Manufatureira Auxiliar ) e assim, nasce a carroceria Flecha Azul.
Nisso, surgem várias gerações que transportaram milhões de passageiros pelas estradas do Sul e Sudeste do país.
No ano 2000, a CMA inicia a produção do Estrelão. Nominalmente chamado como CMA - COMETA, ele apresentava outras caractarísticas completamente opostas ao Flecha, com eixo trucado ( dois eixos na parte traseira do veículo ), diferente chassi e desenho, e alguns traços que o remetiam ao primeiro modelo da montadora.
Um ano depois, sua mantenedora Viação Cometa foi vendida ao grupo JCA e a montadora não foi incluída na negociação, produzindo então os últimos carros encomendados pela antiga gestão e algumas peças de reposição. Como ultimo suspiro, foi produzido um modelo que fugia completamente da tradição da CMA, um modelo de aço galvanizado, com chapas de aço soldadas à estrutura, semelhante à massacrante maioria das outras montadoras, não mais sobre chassi e Scania, agora em um Volkswagen com 240 cavalos, longe dos potentes motores K-113 da antiga fornecedora.
Hoje, a CMA existe apenas na memória e esta se consolidando como uma lenda a partir de cada carro que sai de circulação da empresa, sendo espalhados por todo território nacional, com a promessa de durar mais alguns anos.
Fotos de Ailton Gomes e ônibus do Rio.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Trólebus e mais trólebus!
Depois de meses de suspense, trólebus chega ao Jabaquara. Metra inaugura novo sistema na zona sul de São Paulo.
Desde semana passada ,quem anda pelo Jabaquara nota algo de diferente.
Além da rede aérea que estava desde ano passado concluída e em caráter de testes sem passageiros, percebem que trólebus estão operando comercialmente entre Jabaquara, Piraporinha e Diadema.
Projeto previsto desde a construção do corredor, foi concluído somente 24 anos depois.
Ainda com poucos carros
elétricos, as linhas 288 e 288P ( Jabaquara - Diadema e Jabaquara - Piraporinha, respectivamente ) são as protagonistas desse então " novo combustível " no corredor metropolitano.
Durante as obras de repotencialização do trecho entre São Mateus e Piraporinha, incluindo Ferrazópolis, haverá uma redistribuição de frota da empresa operadora do Corredor ( Metra ) que implicará em uma transferência gradual dos trólebus para a porção " velha " da canaleta.
Vale lembrar que para São Paulo, foram encomendados mais 50 trólebus padrão 15 metros, com chassi Scania e carroceria Caio Millenium III, finalizando o trabalho de substituição total da frota elétrica do município.
Para terminar, neste final de semana encerram - se as atividades dos trólebus " comemorativos " de São Paulo, incluindo alguns outros carros que adotam o mesmo padrão de funcionamento destes.
Um exemplar de cada série de trólebus está sendo preservado para a SPTrans empregar futuramente, no projeto " Museu vivo dos transportes " que ela deverá promover.
Por hoje é só, obrigado pelas visitas!
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