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terça-feira, 12 de março de 2013

Saga por uma vaga

BDTrans visita o litoral paulista sobre duas rodas e não encontra estacionamento dedicado para bicicletas em shoppings.


O Boletim do Transporte pode comprovar que na Baixada Santista, as bikes vão além de " esporte recreativo "  e se torna um meio de transporte tão utilizado e requisitado quanto carro, moto e ônibus. Dada a importância, resta saber se ela é bem atendida.

Em Praia Grande, há um único shopping localizado no bairro do Xixová, logo na saída da cidade para São Vicente. Tentamos adentrar ao estacionamento pelo acesso de motos com o intuito de procurar um bicicletário, ( semelhantes aos que tem em São Paulo e Mauá ) e fomos imediatamente impedidos de entrar. Com total despreparo da parte do efetivo de segurança, fomos avisados que o shopping " no momento não estava aceitando bicicletas ". Indagado sobre o local de deixa - las, a pessoa adiantou que " era preciso deixar na área externa ou prender a bicicleta no gradil ", lugar sem a menor segurança. O funcionário salientou que se adentrássemos ao estacionamento, seriamos " retirados pelo corpo de segurança " do estabelecimento. Beirando a pensar que ciclista é persona non-grata ( pra não ser grosseiro e dizer outras coisas ) em seu shopping.

Irritados pela falta de estrutura, seguimos para Santos com a esperança de poder estacionar a bike em segurança para um breve descanso e alimentação, tendo em vista o forte calor e a distância percorrida no pedal.


O escolhido foi o Miramar Shopping. Com aparência desatualizada, o empreendimento une um hotel ao centro comercial, tudo isso à uma quadra da Avenida Ana Costa, ponto de referência em Santos. Ao entrar no estacionamento, seguimos novamente pelo acesso de motos, fomos novamente barrados, com a mesma alegação por parte do funcionário. " Não tem bicicletário, só para funcionários. Amarrem suas bicicletas lá fora e não nos responsabilizamos por ela. "

   
Ali, tivemos de procurar uma alternativa para realizar o pit stop, tendo em vista total inércia de atitudes e permissões quanto a isso.
Entretanto, queremos pontuar a seguinte questão. Por que uma cidade onde a utilização de bicicletas é grande, inclusive sendo incentivada pelo governo municipal com a construção de diversas ciclovias consegue ser tão despreparada a ponto de seus estabelecimentos não tolerar o estacionamento delas? 

Vale citar que em Santos, para-ciclos ( bike - rec )foram instalados na Praça da Independência. Mas há de convir que estacionar nossas preciosas magrelas, às vistas de qualquer malandro, contando apenas com nossas únicas proteções chamadas corrente e cadeado, não se torna algo tão atraente, sendo semelhante ao gradil de Praia Grande.

Fica como sugestão à criação de uma lei que obrigue os estabelecimentos santistas serem aptos a receber bikes em seus estacionamentos e uma crítica aos comércios que priorizam somente carros e motos negando-se a atender nossas bikes. Não importa qual meio de transporte use, o que importa é que somos consumidores.


Bons exemplos valem ser lembrados. Os shoppings JK Iguatemi e Boulevard Tatuapé, ( São Paulo, capital ) há extensas áreas seguras que podemos deixar nossas bikes no próprio estacionamento, completamente isento de taxas.
Por incrível que pareça, em Mauá ( grande São Paulo ), o shopping é da mesma rede de Praia Grande. Entretanto, as bikes são bem vindas e o espaço utilizado - e seguro - tem uma taxa de R$1.00 que vale pelo dia todo.   


Para encerrar, o BDTrans recomenda que os ciclistas sempre trafeguem com os equipamentos de proteção, como capacetes, luvas e óculos, além da corrente para travar a bicicleta caso haja a necessidade de parar em algum lugar.

Valeu pessoal, até a próxima!