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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Novas Estações - Linha 5-Lilás (Parte I)

 O Blog Boletim do Transporte, à convite do Metrô de São Paulo, visitou as obras das estações Brooklin e Borba Gato da Linha 5-Lilás. Em partes, a cada obra e inauguração, o BDTrans acompanhará a abertura do novo trecho da Linha do Metrô. Acompanhe!

Em fase de acabamento, as estações, tem previsão de abertura para o próximo mês.

O trecho visitado não contemplou a Estação Alto da Boa Vista, mas o andamento das obras acompanham o restante das estações visitadas.


 - Estação Brooklin
     A estação é a mais avançada no estágio de construção. Já está com o piso definitivo assentado, piso podotátil, escadas rolantes operacionais, linha de bloqueios instalada, SSO (Sala de Supervisão de Operação) em conclusão de implantação e também, sinalização já instaladas, a construção já tomou forma como um das principais intersecções do transporte público metropolitano antes mesmo de estar pronta.


Ela está localizada na confluência das Avenidas Santo Amaro, (Corredor Passa-Rápido Santo Amaro – 9 de Julho – Centro) e o corredor formado pelas Avenidas Prof.Vicente Rao e Roque Petroni Junior (Diadema-Brooklin da EMTU).


O Metrô conectará esses dois eixos de transporte ao restante da rede metroviária. Em tese, encurtaria o caminho de quem vem de Diadema pela EMTU e quer acessar o sistema metroferroviário, além de ser uma nova opção para os usuários que se deslocam entre a região do Terminal Santo Amaro e os eixos centrais da cidade, incluindo Avenida Paulista, via Linha 2 e Centro, via Linha 1.


- Visão do Projeto:
O projeto da estação Brooklin, em uma visão geral, é adequado.
Conta com 4 pavimentos, distribuídos entre o acesso no térreo, mezanino da inferior, mezanino de distribuição e por fim, as plataformas centrais, dispostas entre as vias do trem.


Divulgação: Metrô de São Paulo - Tecnologias Construtivas

No térreo, nos dois acessos às escadas e elevadores, a circulação é bastante dividida e não demonstra dificuldades no acesso.

Chegando ao mezanino inferior, às escadas rolantes do principal acesso da estação e o acesso secundário, se encontram com pouca distância, as linhas de bloqueio. Em um caso de superlotação ocasionado por falhas, por exemplo, a fila de usuários pode chegar até as escadas e provocarem algum tipo de transtorno, com o desligamento das rolantes e filas até o acesso da estação.


Considerando também uma demanda crescente na região por conta de novos empreendimentos imobiliários e também, pela modificação da circulação de usuários entre modais, as plataformas centrais podem por ventura não absorver todo o volume de passageiros. 

Entretanto, o intervalo estimado entre trens no horário de pico pode ser dimensionado abaixo dos 120 segundos de acordo com a demanda, previsto na linha inteira de até 800 mil passageiros por dia e a estação, projetada para 29.400 pessoas por dia. (1.470 pessoas por hora, considerando 20 horas de operação).


 Vias
As vias são separadas uma da outra. Isto é, cada túnel comporta a passagem de apenas um trem. Trechos assim são também típicos nas Linhas 1, 2 e 3 do Metrô, por exemplo, no trecho da Avenida Paulista.

Essa técnica construtiva foi resultante da utilização de duas tuneladoras Shield (tatuzão), apelidadas de Lina e Tarsila, que já concluíram seus trabalhos, entre Adolfo Pinheiro e Campo Belo. 
O trecho percorrido pelo blog foi de aproximadamente 800 metros, entre as estações Brooklin e Borba Gato.

 - Estação Borba Gato 
As obras da estação Borba Gato estão em ritmo acelerado para poderem ser abertas ao público em até três meses. Um pouco atrás do que pode ser visto na estação anterior, ainda podem ser vistos pisos terminando de serem assentados e também, andaimes, onde operários instalam a sinalização e o acabamento das estruturas.
Sua construção também é de plataforma central e possui uma estrutura de ventilação, que lembra uma plataforma. 


A estação contém, assim como Brooklin, de acesso no térreo, mezanino inferior, mezanino de distribuição e as plataformas, também dispostas em posição central às vias.
No nível da rua, as obras viárias para devolução à população, bem como o edifício de salas técnicas, estavam em estágio final.


As estações todas foram projetadas para conter portas de plataforma, que separam o usuário da via enquanto o trem não está na estação, entretanto, por conta de prazos e também, dos testes e operação assistida, por ventura podem não serem instaladas nas estações de menor movimento a princípio, como Alto da Boa Vista e Borba Gato.

As estações além do trecho de Brooklin, até Chácara Klabin, tem previsão de entrega para o primeiro semestre de 2018. 
A exceção fica por parte da Estação Campo Belo, que depende de outras obras para sua conclusão.
A estação contará com integração à estação do Monotrilho da Linha 17-Ouro (Morumbi  – Congonhas) e de um viaduto da Avenida Santo Amaro, para a transposição da Avenida Jornalista Roberto Marinho, que ainda não foi construído. 

Divulgação: ANPTrilhos, 20/02/2016

















sexta-feira, 31 de março de 2017

Saída dos cobradores - Parte 1

Não é uma série, mas é o início de uma nova novela envolvendo o poder público e os cobradores de ônibus na Cidade de São Paulo.
A partir do próximo sábado (01/04), a Prefeitura de São Paulo, através da SPTrans, iniciará os testes de uma linha de ônibus operando sem cobrador.

Os ônibus da linha 576C/10 Metrô Jabaquara - Terminal Santo Amaro, funcionarão sem cobrador, aceitando somente como pagamento, o Bilhete Único.
De acordo com a Secretaria de Transportes e Mobilidade, apenas 6% dos usuários do sistema de ônibus fazem o pagamento por dinheiro.

Na metade dos anos 90, durante o mandato do então prefeito Celso Pitta, houveram ações semelhantes, onde tentaram ser implantados o bilhete magnético e o cartão, como conhecemos, intitulado como "Passe-Fácil". Entretanto, nenhuma das ações tiveram total aderência por parte dos empresários devido ao já extinto bilhete de papel. Por fim, as tentativas de modernização do sistema de bilhetagem foram descontinuados.

Houveram na época, muitos movimentos não organizados de pular-catraca por parte de passageiros, aliado com o principal fato de que as tecnologias utilizadas, apesar de atuais, eram alvo de muitas falhas e por diversas vezes, os validadores paravam de funcionar, obrigando o ônibus a encerrar viagem ou permitir a viagem sem cobrança, embarcando passageiros pela porta de trás ou até mesmo, pulando a catraca.

A partir do ano de 2003, houve então o início de novos estudos para a implantação de um novo sistema de bilhetagem via cartões, o conhecido Bilhete Único. Após inúmeros testes, credenciamento de rede de recargas (utilizando lotéricas e comércio local), o novo cartão de transporte, chamado de "Bilhete Único", foi finalmente lançado. Durante um breve período de adaptação, tanto dos usuários, como dos operadores e da frota, funcionou em conjunto com os extintos passes de papel.
A exclusividade de pagamento (excetuando-se o dinheiro) tornou-se realidade apenas no final de 2004, consolidando-se então como principal forma de pagamento, atingindo um nível de 94% dos usuários do sistema ônibus da capital.


Em 2005, o cartão teve seus benefícios estendidos com o acréscimo de uma hora a mais na integração temporal e também, teve seu sistema integrado ao Metrô e CPTM, onde apenas um cartão, bastava para a população de São Paulo se locomover pelo sistema de transportes da região metropolitana. O Bilhete Único somente não se estendeu para cidades vizinhas devido à grande burocracia (e um pouco de falta de vontade) de promover uma espécie de "cartão metropolitano), sendo aceito somente na SPTrans, Metrô e CPTM.

O atual prefeito João Doria, estuda novas mudanças no sistema de bilhetagem, como a concessão da administração do cartão e o acréscimo de serviços, passando a aceitar as modalidades crédito e débito nos comércios.











Imagens: Folha de São Paulo - Uol.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Metrô Conectado

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP) inicia um programa de implantação de internet wi-fi nas estações das linhas 1, 2, 3 e 5 a partir do dia 5 de Fevereiro.


Presente em caráter experimental nas estações Sé, Paraíso, Ana Rosa, Jabaquara, Tamanduateí e Vila Prudente, será expandido para outras estações.
O sinal será disponibilizado nas áreas livres e áreas pagas da estação, excetuando-se as plataformas por motivos de segurança do usuário, entendendo que é um momento que exige o máximo de atenção para o embarque, desembarque e circulação em convivência com outros passageiros. O sinal também não abrangerá a região dos túneis.


Para poder utilizar, será necessário um cadastro e cada usuário, poderá utilizar o sinal disponibilizado pela Companhia por até 15 minutos, sendo necessário reconectar após esse período.
A estrutura disposta para o funcionamento suportará até 400 acessos simultâneos em estações de menor porte, enquanto nas de maior porte, como exemplo a estação Sé que já tem o serviço em caráter experimental, poderá comportar até 2000 acessos simultâneos. 



Nas estações que houverem a conexão gratuita, será devidamente sinalizada e em alguns casos, contarão também com pontos de energia para recarga dos aparelhos celulares.

Abaixo, a programação de implantação do programa Wi-fi no Metrô:



5 de Fevereiro

Linha 1:
Armênia, São Joaquim, Vergueiro, Paraíso, Ana Rosa, Santa Cruz, Santana e Jabaquara.
Linha 2:
Brigadeiro, Trianon-Masp, Tamanduateí e Vila Prudente.


Linha 3:
Marechal Deodoro, Santa Cecília, Brás, Patriarca, Carrão, Vila Matilde, Guilhermina-Esperança e Sé.


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19 de Fevereiro
Linha 1:
São Bento, Luz, Portuguesa-Tietê, Vila Mariana e Tucuruvi


Linha 2:
Consolação, Clínicas, Vila Madalena e Sacomã.

Linha 3:
Tatuapé, Itaquera, Artur Alvim, Penha, República, Anhangabaú, Bresser, Belém e Palmeiras - Barra-Funda.


Linha 5: 
Santo Amaro e Largo Treze.


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A tecnologia utilizada será semelhante a empregada nos sistemas de Paris e no Eurotunel, com propagadores de sinal distribuídos ao longo das estruturas, conectados à rede por cabos de fibra óptica. 
Em sua primeira etapa, o projeto englobará 20 estações, totalizando 40 estações quando concluída a expansão do serviço.