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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Expresso Tiradentes, o BRT de São Paulo

Em uma classificação realizada pelo ITDP ( Institute for Transportation and Development Policy ), que promove o transporte sustentável e justo no planeta, o Expresso Tiradentes foi citado como um dos BRT classe " Silver ", na classe Standard.

Nessa espécie de ranking, os sistemas do Brasil estão distribuídos entre duas classes.O Transoeste do Rio de Janeiro e a Linha Verde de Curitiba, figuram entre os melhores do 
mundo, seguidos pelo Expresso Tiradentes de São Paulo e as outras linhas BRT da capital paranaense classificados entre um BRT Gold e Silver, respectivamente.

Traduzindo, em São Paulo o único sistema a ser citado no ranking foi o antigo fura-fila.

Sistemas como o da Metra, na região metropolitana de São Paulo, Metrobus de Goiânia e os próprios corredores de SP, que nada mais são que faixas preferenciais à esquerda, sequer aparecem na listagem.


O Expresso Tiradentes surgiu como projeto de um Veículo Leve sobre Pneus em 1997, como carro-chefe de campanha do então prefeito Celso Pitta. Sua operação seria semelhante ao que é hoje, com a diferença de que seriam utilizados veículos guiados por trilhos, além dos pneus e o transporte seria feito através de trólebus articulados e biarticulados.

Atualmente, o corredor é operado pela empresa Via Sul Transportes Urbanos, concessionária da área 5 do sistema interligado do município e possui 3 linhas, ligando todas o centro de São Paulo, entre o Terminal Mercado ( ao lado do Parque Dom Pedro ), até o Terminal Sacomã, Metrô Vila Prudente ( região sudeste ) e o bairro de São Mateus ( região leste ).

Cabe ao governo agora enxergar que além das faixas preferenciais, que já tem um resultado plenamente satisfatório, a viabilidade técnica da implantação de um sistema BRT como alternativa ou percorrendo novos caminhos em detrimento do já saturado transporte sobre trilhos.


Adesivo de certificação em um dos veículos do Expresso Tiradentes. Foto de Anderson Rocha.