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segunda-feira, 22 de abril de 2013

64 Anos de trólebus




O sistema trólebus de São Paulo comemora hoje, 22 de abril, 64 anos de existência. Confira em uma cronologia informal, seus altos e baixos. Contando a história de um modal que já faz parte da rotina da cidade e colabora para um mundo com menos poluição.


Como seu natural sucessor, a história do trólebus teve início na substituição de uma antiga linha de bondes. 


Sendo inaugurado em 1944 pelo então prefeito Adhemar de Barros, a linha era constituída por veículos ingleses e norte-americanos.  Inicialmente, o percurso era entre a Praça João Mendes e o Bairro da Aclimação, percurso que permanece praticamente o mesmo na região central de São Paulo.


A partir de 1949, o sistema se desenvolveu e a atingiu aproximadamente 60km de extensão. Por isso, a CMTC viu - se obrigada a comprar mais trólebus para a cidade.

Sempre de origem estrangeira, os trólebus foram comprados através de importações até o ano de 1958, quando a Grassi em parceria com a Villares produziu o primeiro ônibus elétrico nacional, recebendo uma encomenda de outros 9 carros, totalizando o primeiro lote de 10 trólebus brasileiros para a CMTC.
Tendo em vista seu alto custo do projeto, no ano de 1963 a Companhia Municipal de Transportes Coletivos, começou a produzir seus próprios carros atingindo pouco tempo depois o número de 233 carros operacionais, inclusive convertendo dois ônibus movido a Diesel à tração elétrica.

Na década de 80, a Companhia comprou mais carros com carrocerias Ciferal e Marcopolo, chassi Scania e equpamentos eletro - eletrônicos da Tectronic, totalizando 290 novos trólebus.

Ainda nos anos 80, o trólebus foi novamente ampliado com a construção de um corredor entre o centro e o bairro de Santo Amaro.
Nisso, foram adquiridos mais 78 ônibus elétricos junto à Mafersa e a Villares, que iria fornecer os sistemas eletro-eletrônicos, somando outros dois protótipos de Trólebus articulado ampliando ainda mais o sistema na cidade.


Com a privatização do transporte público na década de 90, a operação dos elétricos foram divididas entre três empresas. Eletrobus, Transbraçal e Imperial, operando na zona leste, norte e oeste, além da região sul, respectivamente.

Com isso, a Eletrobus quando assumiu a garagem da zona leste, modernizou 100% de sua frota, que estava defasada, má conservada e apresentava riscos à operação do sistema e a integridade do passageiro, enquanto a Transbraçal renovava sua frota por completo.



Em 2003, o sistema municipal de transporte de SP passou por uma remodelação. Nisso, o sistema trólebus que estava bastante degradado pela falta de investimentos coerentes com a utilização e importância. Então, a prefeita Marta Suplicy ( PT 2001 - 2004 ) autorizou a baixa de veículos e a desativação de linhas, retraindo o sistema e o reduzindo para 13 linhas com aproximadamente 150 carros em operação.

Após um momento complicado, em 2007 chegou o primeiro trólebus novo. Com desenho arrojado e sistemas inovadores testados e homologados no ABC paulista, precedeu a grande compra de 2011, onde foram encomendados 78 novos trólebus em substituição aos antigos e a compra de mais 50 trólebus com 15 metros de comprimento. 


Atualmente, a rede aérea que alimentam os veículos esta em modernização e outros novos carros foram encomendados.
Na quantidade de 60 novos veículos elétricos, a frota total de trólebus até o fim desse ano será de 200 veículos operacionais em 13 linhas, substituindo em sua totalidade a frota elétrica de São Paulo.



Ao observar todas as ações em prol do trólebus era evidente uma expansão do sistema.
Mas em audiência, o secretário dos transportes Gilmar Tatto, da gestão Haddad ( PT ) deixou claro que os elétricos estão garantidos na cidade.

Entretanto, com as palavras dele " não há planos e nem ideias de expansão do sistema, prevendo apenas a modernização da rede aérea e a compra de novos carros. "


O Boletim do Transporte parabeniza a cidade de São Paulo por manter esse sistema operacional, parabeniza o sistema em si e apoia o uso da tração elétrica no meio urbano.




Fotos: Trólebus Brasileiros, Jorge Françozo e Rodrigo Lopes








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