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terça-feira, 9 de abril de 2013

Corredores BRT para São Paulo

Presente à audiência pública, o Boletim do Transporte ouviu as palavras do Secretário dos Transportes Gilmar Tatto sobre as futuras intervenções no sistema de transporte público urbano na cidade de São Paulo.

Ocorrida nessa terça-feira no Instituto de Engenharia, em São Paulo, o secretário focou sua explanação à segunda etapa das obras que envolvem a construção de uma rede de corredores do tipo " BRT " ( Bus Rapid Transit ), o qual terá viário exclusivo para ônibus e monitoramento via satélite através da tecnologia GPS, com intervalos previstos em até 2 minutos entre os ônibus, que por regra, serão articulados ou biartiruclados.


Com uma certa ênfase, o secretário afirmou que os novos corredores serão segregados, isto é, os ônibus terão prioridade no espaço público e pista exclusiva sem precisar compartilhar com taxis, ou sofrer com constantes invasões de carros particulares ou ter muitos obstáculos a sua frente, como semáforos ou cruzamentos.

Quando estiver em operação, os coletivos serão controlados via satélite e câmeras, à exemplo do que ocorre atualmente no Expresso Tiradentes ( fura - fila ), com a inovação de ter um sistema eletrônico gerenciando o intervalo dos ônibus, " metrorizando " como o próprio secretário diz, o sistema de ônibus da capital.

Dentre os corredores da segunda fase do projeto ( a primeira já está em licitação ), corredores como o da Celso Garcia serão construídos, além de outro na 23 de Maio os perimetrais São Miguel - São Mateus, incluindo o corredor da Salim Farah Maluf/ Bandeirantes e novos terminais de ônibus. Dentre eles, o Terminal Concórdia ( região central de São Paulo ), Novo terminal São Mateus ( abaixo da estação do Monotrilho de mesmo nome ), novo Terminal Varginha ( Extremo sul, com integração à futura extensão da CPTM ) e o Terminal Aeroporto ( ao lado do aeroporto de Congonhas, com integração à futura Linha 17 - Ouro ).

A previsão de execução da fase 2 do projeto desde a licitação, projeto executivo até a conclusão de obras civis é de aproximadamente 3 anos, iniciando - se no final de 2013, quando as licitações serão abertas. 
Para visualizar o PDF da audiência pública que tratou desse assunto, clique aqui.
Aberta as perguntas, indaguei ao secretário, além de outras duas pessoas, sobre a utilização dos trólebus e veículos de tecnologia limpa nos corredores. Num total de 4 perguntas na audiência, três envolveram a tração elétrica.

Com uma resposta bem evasiva, Gilmar Tatto informou que não há previsão, nem possibilidade de operar as novas linhas BRT com trólebus. Entretanto, afirmou que essa decisão não foi fechada e que tudo " é possível ". Inclusive, salientou que o sistema atual será mantido, lembrando que o sistema será completamente modernizado com a reforma da rede aérea ( que está em curso desde a gestão passada ) e citando a compra de novos ônibus elétricos, confirmando a chegada de mais 50 ainda nesse ano. Sendo assim, o sistema estaria assegurado perante qualquer risco de desativação.

Em contra - partida, Gilmar salientou que os corredores terão ônibus movidos a combustíveis que tenham menor emissão de poluentes, como o bio-diesel e o Etanol e o estudo ( sem operação prevista, sequer confirmada ) de um ônibus chinês movido 100% a bateria, que segundo palavras dele próprio " não conhece o projeto ".

Para o trólebus, uma estagnação chega a ser benéfica tendo em vista o histórico passado de constantes desativações e interrupções dos serviços.

Para a cidade, de uma certa forma ela ganha em mobilidade urbana com essa nova rede de corredores e perde por que aparentemente, os combustíveis de sempre e sempre poluentes continuarão a imperar na cidade.




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