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segunda-feira, 9 de abril de 2012

E. F. Perus-Pirapora, a estrada de ferro do ofício

Ferrovia que fora criada especialmente para carga e pouco utilizada para o transporte de passageiros, a Estrada de Ferro Perus - Pirapora é assunto de hoje na coluna " Era Assim ", por Raquel Alvarenga.

 
A ferrovia no Brasil durante seu percurso e suas instalações possuia uma engenharia louvável. 

Foi construída e utilizada para vários tipos de finalidade, sendo o modal mais eficiente para a atualidade em vários aspectos. Um deles, senão o mais importante, foi o transporte de cargas pesadas.

Graças ao escoamento de café e o desenvolvimento através da ferrovia, falando inicialmente em SPR ( Southern San Paulo Railway ), em 1914 nascia a E.F.P.P.

 Possuindo apenas 20 km de extensão, serpenteava entre os municípios de Cajamar e Perus, tendo como objetivo transportar materiais pesados voltados para o setor de edificações como cal, cimento e pedras calcárias  das fábricas da região, atendendo principalmente a Companhia  Brasilian Portland Cement, primeira fábrica de cimento do Brasil fundada em 1925.

Além disso, atendeu a passageiros com destino à Pirapora do Bom Jesus que se destinavam ao seu Santuário, que foi um argumento para que sua construção fosse aprovada em 1910. 

Em 1972 o transporte de passageiros até Pirapora já tinha sido encerrado, e assim deu-se início ao déficit da ferrovia.

Pertencente ao grupo JJ Abdala, as fábricas que lá existiam, começavam a encerrar suas atividades. Fato concretizado em 1974, quando o governo interditou suas ações.

Assim a Estrada de Ferro Perus-Pirapora, tão importante para o desenvolvimento da cidade de São Paulo, perdeu sua funcionalidade em 1983, assim como a maioria das ferrovias industriais importantíssimas para a história e para o patrimônio cultural, " fechando suas portas ". 


Atualmente, poucas ferrovias desse escopo ainda estão ativadas, deixando um século de história no ostracismo. 
Pensando nisso, na década de 2000 o IFPPC - Instituto de Ferrovias e Preservação do Patrimônio Cultural passou a cuidar da Estrada de Ferro Perus-Pirapora tendo posse de pelo menos 15 km de sua extensão e de seu material rodante, tornando possível utilizá-la com fins turísticos.

Hoje existe um passeio no trecho compreendido, onde é possível percorrer seus trilhos e visualizar os intempéries da fábrica de cimento que se tornou uma peça importantíssima para o marco do desenvolvimento urbano, assim como as demais ferrovias industriais existentes em todo o Brasil.

Para mais informações, ligue para 2876 - 2774 ou acesse o perfil da Ferrovia no Facebook.

Por hoje, encerramos por aqui.
Obrigada por acessar e conferir a coluna " era assim ".

Até a próxima!




Um comentário:

  1. Rodrigo, bom dia.
    Participo do IFPPC diretamente na preservação da EFPP. Não consegui encontrar e nem entrar em contato com a escritora deste artigo, Raquel Avarenga, mas por favor, encaminhe a ela, ou me passe seu contato, pois a maior parte das informações históricas da ferrovia esta errada, ou enganada, como por exemplo, a ferrovia nunca chegou a Pirapora. Mas, mesmo assim, agradeço pela divulgação.
    Forte abraço!

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